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Imagem: andriano_cz/iStock

Que o mercado imobiliário apresenta um alto índice de resiliência, ninguém discute. Mesmo em períodos adversos – que de certa forma, para determinados segmentos, atravessamos neste momento, com a manutenção duradoura da Taxa Básica de Juros acima do patamar de 15% ao ano (a segunda mais alta do mundo) – há frequentemente segmentos experimentando aquecimento significativo.

Para aproveitar essas oportunidades, muitas vezes pulverizadas pelo imenso mercado imobiliário, o mais importante para as imobiliárias é estar atentas aos movimentos constantes. E, principalmente, olharem para fora de sua bolha. Reportagem publicada esta semana pelo Estadão mostra um ótimo exemplo de bons negócios que se fecham para além do óbvio.

Intitulado: “Boom imobiliário atrai investidores para São Paulo e impulsiona mercado de compactos e alto padrão” o texto mostra como uma série de empresas estão trazendo empresários e investidores de diversas regiões do Brasil para comprar este tipo de imóvel na capital paulista.

Nos últimos 12 meses, São Paulo (SP) atingiu o patamar recorde de 130 mil apartamentos lançados e 139 mil unidades vendidas. Trata-se, de fato, de uma explosão. A matéria relata que há incorporadoras que já têm quase metade dos seus clientes de fora da cidade.

A estratégia, na maior parte das vezes, é trabalhar com a modalidade short stay, ou aluguel de curta duração. Isso porque ela permite atrair o interesse de empresários que querem ter um ponto de apoio para ficar quando vêm à cidade. E, ao mesmo tempo, poder alugá-lo quando não vai utilizá-lo.

Um dos exemplos no segmento de luxo identificado pela reportagem trata-se de um projeto no Itaim Bibi que oferece plantas de 540 metros quadrados ao preço médio do metro quadrado de R$ 70 mil, totalizando R$ 38 milhões por apartamento. Um motivo adicional para a valorização sem fim deste tipo de imóvel localizado nos bairros mais nobres da cidade é a pouca disponibilidade de terrenos.

O Estadão mostra outros diversos exemplos apresentados por incorporadores, que chegam a ter 48% do seu público de fora da capital paulista, sendo metade destes de fora do Estado de São Paulo. Sempre com foco em bairros como Itaim Bibi, Moema, Ibirapuera e Jardins.

Fica evidente a grande oportunidade para as imobiliárias de São Paulo erguerem seus radares de relacionamento para fora da capital. E para as localizadas em outras grandes metrópoles fazerem o mesmo, de forma conjunta.

Parcerias entre imobiliárias de diferentes cidades na captação de potenciais investidores, assim como parcerias com as incorporadoras que estão atuando neste segmento, sobretudo de aluguel de curta temporada, seriam os dois grandes alvos dessas potenciais associações.

Há inclusive ótimas oportunidades para ampliar a carteira de serviços, passando a operar no segmento de administração de aluguel, de forma direta, ou em conjunto com empresas especialistas nessa área.

O momento é de pescar em altos mares.