
A Yuca, startup de locação residencial, decidiu apostar na incorporação depois do juro alto frustrar seu plano de comprar imóveis prontos via fundos imobiliários. A empresa pretende lançar seu primeiro empreendimento já no próximo ano, em São Paulo.
A startup estaria negociando com incorporadoras para entrar como sócia em projetos. A tese por trás da nova estratégia é a crença de que investidores que buscam imóveis para locar se deparam com muitos projetos com layouts pouco funcionais e preços inadequados.
“Já nós queremos ganhar tanto na locação quanto na incorporação”, disse Paulo Bichucher, cofundador e CEO da startup, ao Metro Quadrado.
Foco em empreendimentos de até R$ 100 milhões
Por enquanto, o foco são empreendimentos com VGV (Valor Geral de Vendas) de até R$ 100 milhões em São Paulo. Fazem parte da estratégia os bairros onde a demanda já é aquecida na plataforma da Yuca — como Pinheiros, Higienópolis, Paraíso e Jardins.
“Olhamos para terrenos de até mil metros quadrados e prédios com estúdios, um e dois dormitórios, pois percebemos que é muito importante ter um mix de unidades para a curva de locação ser mais rápida”, disse Rafael Steinbruch, também cofundador.
Mudança de estratégia após dificuldades com FII
Fundada em 2019, a startup começou no segmento de coliving, reformando apartamentos maiores para alugar os quartos. A empresa chegou a levantar um fundo imobiliário (FII) para ter apartamentos próprios, no entanto, a estratégia não vingou.
“A tese era crescer o FII e ter uma base maior, mas, com o aumento da taxa de juros, as captações de fundos de tijolo praticamente pararam”, explica Steinbruch.
Já nas Sociedades de Propósito Específico (SPEs), a companhia pretende ter 50% de participação e trabalhar desde as etapas iniciais até a comercialização das unidades. Os projetos serão entregues mobiliados e já integrados à plataforma de aluguéis.
Depois do primeiro lançamento em 2026, o planos da empresa é colocar dois produtos no mercado em 2027, somando VGV de R$ 200 milhões a R$ 300 milhões. Para viabilizar os planos, a startup vai levantar recursos via SCPs.
*Com informações de Metro Quadrado

